As capas da revista Arts & Architecture

Por TNB.studio | 17/09/2021 | Arte
As capas da revista Arts & Architecture

O objetivo da revista de arquitetura Arts & Architecture, uma das publicações mais importantes para a divulgação do design americano estilo Mid-Century, era abraçar o modernismo popularizado através de projetos residenciais.

Em 1938, o editor John Entenza revitalizou a California Arts & Architecture, que já existia há uma década, abreviando o nome para Arts & Architecture.

Focando na nova arquitetura moderna do sul da Califórnia, a revista chamou a atenção para os designers da região e mostrou que a construção doméstica poderia ser inovadora e acessível.

A Arts & Architecture ficou conhecida por seu Programa de Estudo de Caso que comissionou e publicou projetos residenciais revolucionários, acessíveis e de baixo custo de arquitetos variados, como Richard Neutra e Eero Saarinen.

As capas da Arts & Architecture

Refletindo a mudança da revista em direção a objetivos mais sociais, Entenza contratou artistas do movimento de design da época para criar as capas criativas da revista. E muitas delas foram desenvolvidas pelos mestres do design gráfico Herbert Matter e John Follis.

The Phaidon Archive of Graphic Design F057

Outros colaboradores, cujos trabalhos também apareceram no interior da revista, foram nomes como o fotógrafo de arquitetura Julius Shulman, o escultor Isamu Noguchi, o arquiteto Le Corbusier e os designers Saul Bass, Paul Rand, Alvin Lustig e Ray Eames (cuja casa, projetada com Charles Eames, foi a nº 8 no Programa Case Study House).

Em vez de refletir o conteúdo da revista, as capas da Arts & Architecture eram quase sempre abstratas, combinando linhas sinuosas e formas orgânicas que lembravam o mundo natural, mas também incluíam elementos construídos.

Algumas capas incorporavam pastiche — reprodução irônica de uma obra —, muitas vezes utilizando fotografia arquitetônica.

O cabeçalho também era um elemento de experimentação, dividido em duas linhas ou realçado com cores diferentes, mas sempre mantendo o mesmo estilo de letra com o objetivo de criar uma identidade unificada.


Sem qualquer outro texto, a capa era uma espécie de tela na qual os designers poderiam experimentar com liberdade.

 

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